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O mangá no Brasil 

 
No Brasil os primeiros mangás foram trazidos pelos imigrantes japoneses, muito antes de serem conhecidos em outros países. Nos anos 60, alguns descendentes começaram a produzir histórias em quadrinhos que chegaram ao mercado editorial. A estética japonesa se tornaria mais popular, ainda na mesma década, com a exibição na TV de animês como “Oitavo Homem” (Eight Man), “Ás do Espaço” (Uchu Ace), “Zoran” (Uchu Shonen Soran), “Homem de Aço” (Tetsujin Ni-ju-hachi Gou). Na década de 70, começaram a fazer sucesso entre a garotada também os animês “A Princesa e o Cavaleiro” (Ribon no Kishi), “Speed Racer” (Maha Go Go Go), “Super Dínamo” (Paa Man) e “Sawamu - O Demolidor” (Kick no Oni).

A publicação dos primeiros mangás em português, como “Lobo Solitário”, “Akira”, “Crying Freeman”, “A Lenda de Kamui e Mai - Garota Sensitiva”, só veio nos anos 80. O primeiro grande sucesso no Brasil, no entanto, viria em 1994, graças ao lançamento do animê “Cavaleiros do Zodíaco” (“Saint Seiya”). Animação que gerou uma febre de consumo de revistinhas e vários outros produtos relacionados ao desenho e seus personagens. Em 1999, aconteceria outro fenômeno semelhante, com a invasão bem-sucedida dos inocentes “Pokémon” (“Pocket Monsters”). O que se viu foi uma onda, sem precedentes, de culto infantil ao Pikachu, personagem principal do animê.

Mas o “boom dos mangás” no país seria a partir dos anos 2000, com o lançamento de “Dragon Ball”, “Cavaleiros do Zodíaco”, “Inu-Yasha” e “One Piece”, acompanhados pelo sucesso de animês como “Dragon Ball Z”, “Samurai X” (“Rurouni Kenshin”), “Tenchi Muyo” e “Digimon” (“Digimon Adventure”). O fluxo de novas produções japonesas que chegam ao Brasil continua. Elas concorrem não só com os quadrinhos americanos como também com a produção nacional. Publicações brasileiras de sucesso nas bancas, como “Holy Avenger”, de Marcelo Cassaro e Erica Awano, “Mangá Tropical”, de vários autores, e “Combo Rangers”, de Fábio Yabu (publicada primeiro na Internet e depois em forma de revista), mostram que ainda há muitos territórios a serem explorados pelos quadrinhos rumo à conquista de novos leitores.

Fonte: http://lazer.hsw.uol.com.br/